Num mundo onde tudo muda numa velocidade atroz, as organizações que pensam à frente são as que melhor se adaptam. E pensar à frente significa cuidar de quem temos hoje, para garantir quem seremos amanhã.
É isso que está no centro dos planos de sucessão: identificar, preparar e desenvolver as pessoas que poderão assumir novos papéis quando o momento certo chegar.
Mas atenção: falar de sucessão não é apenas preparar substituições. É muito mais do que isso. É construir um caminho de crescimento e continuidade, onde o conhecimento circula, o talento floresce e as equipas se fortalecem.
Um bom plano de sucessão começa por conhecer as pessoas. Saber quem são, o que as motiva, quais as suas ambições e onde querem chegar.
Cada colaborador traz consigo um conjunto de competências, experiências e valores únicos. O desafio das empresas é descobrir como potenciar tudo isso e transformar o potencial em desempenho real.
E é aqui que entra o papel fundamental da formação.
Formar não é apenas transferir conhecimento; é criar oportunidades para aprender, experimentar e crescer. É oferecer às pessoas as ferramentas de que precisam para se sentirem seguras e capazes de dar o próximo passo.
Um plano de sucessão bem desenhado inclui sempre momentos de desenvolvimento — formações técnicas, formações comportamentais, mentoring, coaching, feedback contínuo.
Porque ninguém nasce preparado para o futuro: prepara-se para ele.
 
Gestão de Desempenho e Sucessão: duas faces do mesmo futuro
Neste enquadramento, os Planos de Sucessão e a Gestão de Desempenho são dois lados da mesma moeda. De um lado, medimos, acompanhamos e damos feedback sobre o que é feito no presente. Do outro, preparamos o que queremos que aconteça no futuro.
A gestão de desempenho permite identificar quem se destaca, quem tem potencial de crescimento e quem precisa de apoio para desenvolver determinadas competências.
É uma ferramenta estratégica que fornece dados valiosos para a sucessão: quem está pronto, quem pode estar em breve e quem precisa de um plano de desenvolvimento mais estruturado.
Ao cruzar esta informação com as necessidades futuras da organização, nascem decisões mais conscientes e alinhadas. E é aqui que a formação ganha nova força, uma vez mais, como ponte entre o desempenho atual e o futuro desejado.
Formar passa a ser um ato estratégico: não apenas responder às lacunas de hoje, mas preparar as competências críticas de amanhã.
Esta cultura de desenvolvimento tem efeitos visíveis: maior envolvimento, menor rotatividade, mais confiança e sentido de pertença.
 
Desenvolver líderes que desenvolvem líderes
E é aqui que o papel do líder se destaca, pois, nenhum plano de sucessão acontece por acaso. Depende de líderes atentos, que saibam ver mais do que o desempenho atual, que consigam identificar potencial, inspirar e dar oportunidades.
Um líder que aposta na formação da sua equipa está, sem saber, a garantir a sua própria sucessão. E isso é sinal de maturidade e visão. Liderar é também preparar outros para liderar.
Na Fórmula do Talento, temos vindo a desenvolver programas estruturados de liderança que refletem exatamente esta visão.
Começamos por formar as lideranças de 1.ª linha, focando o autoconhecimento, a comunicação e a gestão de equipas. Posteriormente, estendemos o desenvolvimento à 2.ª linha de liderança, preparando quem começa a dar os primeiros passos em funções de coordenação ou supervisão.
O resultado é um ciclo virtuoso: as 1.ªs linhas, já mais maduras e conscientes, tornam-se tutores e mentores das 2.ªs linhas, partilhando experiências, boas práticas e cultura organizacional.
Assim, a sucessão deixa de ser apenas uma decisão de gestão e passa a ser uma dinâmica viva de aprendizagem e partilha, onde cada líder contribui para formar o próximo.
 
Da avaliação à ação
Um dos maiores desafios na gestão de desempenho e sucessão é transformar informação em ação. De pouco serve ter avaliações completas, se depois não houver um plano claro para desenvolver as pessoas.
A formação é o elo que transforma o diagnóstico em resultado. Por exemplo: se uma avaliação identifica que um colaborador tem grande capacidade técnica, mas precisa reforçar competências de comunicação ou gestão de equipas, o passo seguinte é claro: formar para desenvolver.
E quando essa formação é planeada com intencionalidade e integrada num plano de sucessão, o impacto é exponencial.
A sucessão deixa de ser um tema reativo (“quem substitui quem”) e passa a ser uma estratégia de continuidade e crescimento sustentado.
 
O futuro constrói-se hoje
Na Fórmula do Talento, acreditamos que o futuro das empresas se constrói através das pessoas. Por isso, cada formação que criamos, cada programa de desenvolvimento que desenhamos, é pensado para apoiar este ciclo de crescimento contínuo.
A nossa missão é ajudar as organizações a identificar, preparar e fazer crescer talento interno, para que estejam sempre um passo à frente. Porque preparar sucessores é, acima de tudo, acreditar no potencial humano.
Neste mês de outubro, desafiamos as empresas e os líderes a refletir sobre:
- Estamos a olhar para o futuro com a devida preparação?
- Estamos a investir na formação certa, para as pessoas certas, no momento certo?        
        
        
            
            
                                Carla Oliveira, 
                
                                Partner e Responsável pela área de Formação